Os 139 açudes monitorados pela Cogerh estão com 44% da capacidade.
Situação mais crítica é na Bacia do Sertão de Crateús.
Prefeitos de 50 cidades se reuniram nesta terça-feira (26), na sede da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), no Bairro Parque Iracema, em Fortaleza, para discutir estratégias e tentar driblar a falta de abastecimento de água nas cidades. Atualmente, os reservatórios do estado acumulam menos da metade da capacidade total, a situação preocupa órgão.
Os 139 açudes monitorados pela Cogerh, estão com 44% da capacidade. Ou
seja, menos da metade. A região que mas preocupa é a Bacia do Sertão de Cratéus,
que tem nove açudes e que está com 14,48% da capacidade. Em seguida vem
a Bacia do Curu, com onze reservatórios e está com apenas 17% do
volume.
Na reunião foram tomadas algumas decisões emergências. Ficou decidido
que haverá a extensão do garantia Safra até o mês de julho, o qual
deveria acabar em abril; a extensão do bolsa estiagem que agora vai até o
final do ano; e ainda o uso de máquinas para a construção de adutoras.
Haverá também a construção de cacimbas, cacimbões, impermeabilização
de barragens, e uma série de outras medidas que possam facilitar a
situação da seca no nosso estado. Vamos entregar também 64 novas
motoniveladoras para os municípios. É uma máquina potente para trabalhar
as estradas vicinais (estradas de caráter secundário) para melhorar o
caminho para a chegada dos carros pipas nas cidades, disse o delegado
federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Francisco Sombra.
Desespero Com o açude seco há quatro meses, o prefeito de Milhã, Otacílio Macedo, espera por recursos do governo para abastecer a cidade que tem mais de 13 mil habitantes. A sede do município está sendo abastecida desde o final de novembro por carros pipas. Três deles da defesa civil e três da prefeitura por recursos próprios. Estamos em situação difícil, afirmou.
Outro gestor que está preocupado é o de Crateús, Carlos Felipe. O único açude na cidade está com 7% de capacidade. Essa situação atinge também outros municípios do Ceará, como Nova Russas, Itaporanga, Quiterianópolis, Tauá, dentre outros. Como também aquela Região do Inhamus. Essa região é que mais sofre com a falta de água. Nossa situação é muito preocupante, alertou.
Segundo a Cogerh, Fortaleza é a única capital do Nordeste, que não vai
precisar esquema de racionamento de água. Até o momento o município está
em uma situação tranquila pelos próximos anos. Das grandes cidades em
si, as preocupantes são Crateús e Tauá.
Por isso vamos construir adutoras emergenciais para que não aconteça um
colapso de falta de água total”, disse o presidente da Cogerh, Rennys
Frota.