Michel Platini quer o apoio de 4 das 6 confederações continentais para
vencer o pleito
O presidente da Uefa, o
ex-jogador francês Michel Platini, anunciou nesta quarta-feira
(29) a sua candidatura à presidência da Fifa. A eleição está
marcada para 26 de fevereiro.
O dirigente enviou uma carta às 209
federações filiadas à Fifa e com direito a voto para manifestar o
desejo de suceder o suíço Joseph Blatter, que decidiu deixar o
cargo em meio ao escândalo de corrupção que levou à prisão de 7 cartolas, entre
eles o ex-presidente da CBF, José Maria Marin.
Blatter continua no posto até o dia da eleição e deve buscar um nome capaz
de disputar com Platini.O jogo de xadrez da Fifa
Michel Platini busca o apoio de pelo menos 4 das
6 confederações continentais: Uefa, Concacaf (América Central e Caribe),
Conmebol (América do Sul) e Ásia -todas, juntas, somam 144 das 209 federações
com direito a voto. Faltaria o apoio de África e Oceania.
O escândalo enfraqueceu o poder político das entidades Conmebol
e Concacaf, aliadas de Blatter. Foco das investigações
conduzidas pelas autoridades dos Estados Unidos, as duas confederações têm
negociado com Platini como forma de tentar resgatar o prestígio no cenário
mundial.
Por outro lado, a Uefa quer retomar o poder
perdido na Fifa desde 1974, quando o brasileiro João Havelange
assumiu o poder.
O nome do presidente da Uefa havia surgido
durante o processo de candidatura da eleição vencida por Blatter em maio deste
ano, mas ele declinou por não querer disputar com o dirigente suíço. Agora, com
Blatter fora do jogo, o caminho está mais livre para Platini concorrer.
O prazo para registro de candidaturas é 26 de
outubro, quatro meses antes da eleição. O príncipe da Jordânia, Ali bin
Al-Hussein, derrotado por Blatter em maio, cogita disputar, mas perdeu
fôlego e, sobretudo, seu principal apoio, a Uefa. O ex-jogador brasileiro Zico
também pode ser um candidato e já teria
pedido o apoio da CBF.