segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Ônibus Lilás oferece serviços a mulheres vítimas de violência no Ceará

O projeto Mulheres nos Bairros ocorre desde 2018 e, até o momento, mais de seis mil atendimentos já foram realizados no Estado.

Ônibus Lilás esteve no Álvaro Weyne, em Fortaleza, nesta segunda-feira, 7/11

Onze comunidades de Fortaleza e da Região Metropolitana da Capital  serão atendidas pelo projeto Mulheres nos Bairros. A ação, que começou nesta segunda-feira, 7, e segue até o dia 1° de dezembro, oferta serviços sócio assistenciais por meio do "Ônibus Lilás", voltado a vítimas de violência doméstica.

As mulheres atendidas participarão de rodas de conversa e receberão informações e instruções sobre garantia de direitos e sobre a Lei Maria da Penha. Com a orientação às vítimas, o projeto busca coibir atos de violência e estabelecer punição adequada para quaisquer tipos de agressões às mulheres.

Segundo Denise Aguiar, secretária-executiva de políticas para mulheres no Estado, a ação foi desenvolvida para chegar, principalmente, a comunidades com baixo índice de desenvolvimento humano (IDHO Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida resumida do progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. ). "O atendimento acontece através do acolhimento, com rodas de conversa com escuta qualificada, para saber o que essas mulheres precisam. Dentro dessa sistemática no apoio psicológico e social humanizado, também fazemos orientações jurídicas", explica.

onforme a secretária, a partir da escuta, se necessário, os casos são encaminhados à Rede de Atendimentos às Mulheres, formada pelos Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Centros de Atendimento Psicossocial (Caps) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), além de órgãos especializados em políticas para as mulheres, como a Casa da Mulher Brasileira e as Casas da Mulher Cearense.

O projeto Mulheres nos Bairros ocorre desde 2018 e, até o momento, mais de 6 mil atendimentos já foram realizados. Além de Fortaleza, ainda este ano também recebem a ação comunidades nos municípios de Caucaia, Maranguape e Maracanaú, todos na RMF.

A ação deste semestre teve início na manhã desta segunda-feira, 7, no bairro Álvaro Weyne, que recebeu os serviços do Ônibus Lilás. Uma das palestrantes que participou da mediação com as mulheres da comunidade foi Francileuda Soares, assistente social e presidente do Conselho Municipal de Mulheres de Fortaleza. Ela ressalta a importância de ações como essa para a luta contra a violência doméstica.

"A gente precisa ter na comunidade, no cotidiano das mulheres, esse atendimento pra facilitar que elas venham denunciar, que elas entendam que não estão sozinhas. A gente precisa atendê-las, e também emancipá-las, para que essas mulheres possam romper o ciclo de violência", ressalta a presidente do Conselho.

A ação também fornece suporte a vítimas da desigualdade social. "As mulheres são as que mais enfrentam a questão do desemprego, da fome. Se a gente fizer um recorte racial, as maiores vítimas são as mulheres negras e seus filhos", pontua Francileuda Soares. O Mulheres nos Bairros também fornece apoio aos filhos das vítimas, atuando em parceria com o Conselho Tutelar.

Conforme a secretária, a partir da escuta, se necessário, os casos são encaminhados à Rede de Atendimentos às Mulheres, formada pelos Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Centros de Atendimento Psicossocial (Caps) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), além de órgãos especializados em políticas para as mulheres, como a Casa da Mulher Brasileira e as Casas da Mulher Cearense.

O projeto Mulheres nos Bairros ocorre desde 2018 e, até o momento, mais de 6 mil atendimentos já foram realizados. Além de Fortaleza, ainda este ano também recebem a ação comunidades nos municípios de Caucaia, Maranguape e Maracanaú, todos na RMF.

A ação deste semestre teve início na manhã desta segunda-feira, 7, no bairro Álvaro Weyne, que recebeu os serviços do Ônibus Lilás. Uma das palestrantes que participou da mediação com as mulheres da comunidade foi Francileuda Soares, assistente social e presidente do Conselho Municipal de Mulheres de Fortaleza. Ela ressalta a importância de ações como essa para a luta contra a violência doméstica.

A gente precisa ter na comunidade, no cotidiano das mulheres, esse atendimento pra facilitar que elas venham denunciar, que elas entendam que não estão sozinhas. A gente precisa atendê-las, e também emancipá-las, para que essas mulheres possam romper o ciclo de violência", ressalta a presidente do Conselho.

A ação também fornece suporte a vítimas da desigualdade social. As mulheres são as que mais enfrentam a questão do desemprego, da fome. Se a gente fizer um recorte racial, as maiores vítimas são as mulheres negras e seus filhos, pontua Francileuda Soares. O Mulheres nos Bairros também fornece apoio aos filhos das vítimas, atuando em parceria com o Conselho Tutelar.

O projeto traz esperança para muitas que convivem em um cenário de medo e incertezas, causados pela violência. Vanusa da Silva Corrêa, de 52 anos, atua em projetos sociais no Álvaro Weyne e veio buscar informações que pudessem auxiliar vítimas de violência que preferiram se manter anônimas. Anotando todas as informações que conseguia, ela se mostrou feliz de ações como essa estarem sendo realizadas.

Eu fui vítima de violência e, na minha época, pelos anos 1980, não existia essa oportunidade, essas orientações e nem (a possibilidade de) esclarecer sobre a violência. Saber que temos apoio, que têm órgãos públicos que fazem esse trabalho, que há uma defesa, é muito bom, afirma a moradora.


Fonte: o  Povo