Protesto foi pelas carteiras estudantis atrasadas, melhoria de transporte público, o pedido pelo passe livre e a redução da tarifa para R$ 2.
Nesta quinta-feira (20), cerca de 10 mil manifestantes, segundo a Polícia Militar, foram às ruas de Fortaleza.
O protesto foi pelas carteiras estudantis atrasadas, pela melhoria de
transporte público, o pedido pelo passe livre para desempregados e
trabalhadores e a redução da tarifa para R$ 2. Essa é a quarta
manifestação em Fortaleza nos últimos oito dias.
A concentração aconteceu durante toda a tarde na Praça Portugal. O shopping Aldeota fechou suas portas
por precaução, com medo de saques e depredação. Todas as lojas
retiraram mercadorias das vitrines. No entorno, várias lojas contrataram
seguranças particulares e outras colocaram tapumes para protegerem suas
fachadas. Algumas afixaram cartazes nas portas informando que aderiram a
manifestação, a fim de ganhar a simpatia dos manifestantes.
A gerente de banca de revistas Kátia Maria, disse que estima que perderá cerca de 50% das vendas do dia,
pois o período da tarde é o mais movimentado do dia. “A proprietária
mandou fechar a banca para evitar a possível invasão. Estou me sentindo
prejudicada”.
A
manifestação começou por volta das 17h30 e, após ameaçar ir para a
Avenida Beira-Mar, enganando até o comando da polícia, seguiu na Avenida
Desembargador Moreira em direção à Assembleia Legislativa. Muitos carros que passavam pelo local buzinavam em apoio à manifestação.
Com um efetivo de oito agentes em quatro viaturas,
a Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC)
efetuou desvios pela ruas Leonardo Mota, Oswaldo Cruz, Ana Bilhar e
Avenida Santos Dumont. Já a Polícia Militar, de forma de estratégica, não divulgou o efetivo
que acompanhou a manifestação hoje. Segundo o Coronel Albano, os
policiais apenas acompanharam os manifestantes e garantiram a
integridade da região. A PM iniciou o acompanhamento da manifestação com
um veículo e três motos.
Segundo um dos líderes do movimento, Gustavo Mineiro, já foi solicitada uma reunião com a Etufor, mas não houve retorno.
Além do seu grupo de manifestação, organizada pelas redes sociais em
Fortaleza, ele destaca ainda que outros grupos se juntaram ao protesto:
grupos contra a violência, movimentos sociais e que protestam contra os
gastos com as obras da Copa. “Não vemos o menor esforço da Prefeitura de Fortaleza para este caso. A negociação está travada e isso vem se arrastando”, disse Mineiro.
Uma das participantes do movimento, Eveline Augusto levou o filho
Pedro, de 11 anos a pedido dele. Segundo ela, ao ver as imagens da
manifestação de ontem, ele ficou emocionado e disse que gostaria de
participar do ato hoje. Ela diz estar feliz pelo interesse social do filho
e acredita que esse momento de cidadania é importante para o país.
“Queremos educação, saúde e segurança pública com o padrão Fifa”
desabafou.
Durante a passeata, lideranças do protesto conversaram com alguns manifestantes para a retirada de identificação de partidos do movimento, prontamente atendidos.
Pouco depois das 18h30, os manifestantes chegaram ao prédio da Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE).
Houve a promessa mútua, entre o Coronel Pinheiro, da Polícia Militar e
as lideranças da manifestação, de um protesto absolutamente pacífico. O
militar informou que 20 homens fizeram a guarda patrimonial da AL-CE, sendo 15 PMs e 5 bombeiros, além de garantir que todos estavam desarmados.
“Um policial nos ajudou até a colocar os cartazes de protesto
na grade da Assembleia Legislativa” afirmou a manifestante Lívia
Menezes, que se uniu ao grupo na Av. Desembargador Moreira, na altura do
cruzamento com a Avenida Antônio Sales.
Foi
aberta uma negociação com o comandante da PM e pedimos a presença do
secretário municipal de Educação, Ivo Gomes. O comandante da PM entrou
em contato com o presidente da AL-CE e ele pediu pra
que houvesse uma assembleia. Nessa assembleia estariam presentes o Ivo
Gomes e seis representantes do movimento, disse Gustavo Mineiro.
Perguntado aos manifestantes se aceitavam ou não, não houve resposta.
Perguntou ainda se a reunião poderia acontecer nesta quinta-feira ou na
sexta-feira de manhã, mas também não houve resposta de nenhum dos
líderes.
Houve um momento de tensão, quando duas bombas de coquetel molotov explodiram nos jardins da AL-CE
e o Grupo RAIO fechou o cruzamento das Av. Pontes Vieira com Barbosa de
Freiras. Manifestantes divididos seguiram em direções diferentes. Um
grupo saiu em direção para Av. 13 de Maio. A outra parte dos
manifestantes, em maior número, seguiram ao Palácio da Abolição com
cartazes. Eles caminharam pela Av. Barão de Studart. Por onde a
manifestação passou, recebeu apoio de moradores que sinalizam das suas
casas e apartamentos.
Manifestantes
ocuparam o Palácio da Abolição, sede do Governo do Ceará. As palavras
de ordem do grupo foi: “que coincidência, sem polícia, sem violência”.
Enquanto isso, policiais militares observaram do interior do palácio.
#ProtestoCE e Fortaleza Apavorada
No último dia 13 de junho, a população foi às ruas para questionar a situação da segurança pública no Ceará. Já no dia 17, um grupo de manifestantes seguiu até o hotel da Seleção Brasileira de futebol. Na última quarta, dia 19 de junho, mais de 25 mil pessoas foram até as proximidades da Arena Castelão
em protesto contra as obras da Copa das Confederações, entre outras
reivindicações. Houve conflito com a polícia e muitos saíram feridos por
balas de borracha, spray de pimenta e bombas de gás lacrimogênio,
inclusive a Defensoria Pública abriu investigação sobre supostos excessos da PM.
A concentração aconteceu durante toda a tarde na Praça Portugal. O shopping Aldeota fechou suas portas
por precaução, com medo de saques e depredação. Todas as lojas
retiraram mercadorias das vitrines. No entorno, várias lojas contrataram
seguranças particulares e outras colocaram tapumes para protegerem suas
fachadas. Algumas afixaram cartazes nas portas informando que aderiram a
manifestação, a fim de ganhar a simpatia dos manifestantes.
A gerente de banca de revistas Kátia Maria, disse que estima que perderá cerca de 50% das vendas do dia,
pois o período da tarde é o mais movimentado do dia. “A proprietária
mandou fechar a banca para evitar a possível invasão. Estou me sentindo
prejudicada”.
A
manifestação começou por volta das 17h30 e, após ameaçar ir para a
Avenida Beira-Mar, enganando até o comando da polícia, seguiu na Avenida
Desembargador Moreira em direção à Assembleia Legislativa. Muitos carros que passavam pelo local buzinavam em apoio à manifestação.
Com um efetivo de oito agentes em quatro viaturas,
a Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC)
efetuou desvios pela ruas Leonardo Mota, Oswaldo Cruz, Ana Bilhar e
Avenida Santos Dumont. Já a Polícia Militar, de forma de estratégica, não divulgou o efetivo
que acompanhou a manifestação hoje. Segundo o Coronel Albano, os
policiais apenas acompanharam os manifestantes e garantiram a
integridade da região. A PM iniciou o acompanhamento da manifestação com
um veículo e três motos.
Segundo um dos líderes do movimento, Gustavo Mineiro, já foi solicitada uma reunião com a Etufor, mas não houve retorno.
Além do seu grupo de manifestação, organizada pelas redes sociais em
Fortaleza, ele destaca ainda que outros grupos se juntaram ao protesto:
grupos contra a violência, movimentos sociais e que protestam contra os
gastos com as obras da Copa. “Não vemos o menor esforço da Prefeitura de Fortaleza para este caso. A negociação está travada e isso vem se arrastando”, disse Mineiro.
Uma das participantes do movimento, Eveline Augusto levou o filho
Pedro, de 11 anos a pedido dele. Segundo ela, ao ver as imagens da
manifestação de ontem, ele ficou emocionado e disse que gostaria de
participar do ato hoje. Ela diz estar feliz pelo interesse social do filho
e acredita que esse momento de cidadania é importante para o país.
“Queremos educação, saúde e segurança pública com o padrão Fifa”
desabafou.
Durante a passeata, lideranças do protesto conversaram com alguns manifestantes para a retirada de identificação de partidos do movimento, prontamente atendidos.
Pouco depois das 18h30, os manifestantes chegaram ao prédio da Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE).
Houve a promessa mútua, entre o Coronel Pinheiro, da Polícia Militar e
as lideranças da manifestação, de um protesto absolutamente pacífico. O
militar informou que 20 homens fizeram a guarda patrimonial da AL-CE, sendo 15 PMs e 5 bombeiros, além de garantir que todos estavam desarmados.
“Um policial nos ajudou até a colocar os cartazes de protesto
na grade da Assembleia Legislativa” afirmou a manifestante Lívia
Menezes, que se uniu ao grupo na Av. Desembargador Moreira, na altura do
cruzamento com a Avenida Antônio Sales.
Foi
aberta uma negociação com o comandante da PM e pedimos a presença do
secretário municipal de Educação, Ivo Gomes. O comandante da PM entrou
em contato com o presidente da AL-CE e ele pediu pra
que houvesse uma assembleia. Nessa assembleia estariam presentes o Ivo
Gomes e seis representantes do movimento, disse Gustavo Mineiro.
Perguntado aos manifestantes se aceitavam ou não, não houve resposta.
Perguntou ainda se a reunião poderia acontecer nesta quinta-feira ou na
sexta-feira de manhã, mas também não houve resposta de nenhum dos
líderes.
Houve um momento de tensão, quando duas bombas de coquetel molotov explodiram nos jardins da AL-CE
e o Grupo RAIO fechou o cruzamento das Av. Pontes Vieira com Barbosa de
Freiras. Manifestantes divididos seguiram em direções diferentes. Um
grupo saiu em direção para Av. 13 de Maio. A outra parte dos
manifestantes, em maior número, seguiram ao Palácio da Abolição com
cartazes. Eles caminharam pela Av. Barão de Studart. Por onde a
manifestação passou, recebeu apoio de moradores que sinalizam das suas
casas e apartamentos.
Manifestantes
ocuparam o Palácio da Abolição, sede do Governo do Ceará. As palavras
de ordem do grupo foi: “que coincidência, sem polícia, sem violência”.
Enquanto isso, policiais militares observaram do interior do palácio.
#ProtestoCE e Fortaleza Apavorada
No último dia 13 de junho, a população foi às ruas para questionar a situação da segurança pública no Ceará. Já no dia 17, um grupo de manifestantes seguiu até o hotel da Seleção Brasileira de futebol. Na última quarta, dia 19 de junho, mais de 25 mil pessoas foram até as proximidades da Arena Castelão
em protesto contra as obras da Copa das Confederações, entre outras
reivindicações. Houve conflito com a polícia e muitos saíram feridos por
balas de borracha, spray de pimenta e bombas de gás lacrimogênio,
inclusive a Defensoria Pública abriu investigação sobre supostos excessos da PM.
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