Neste domingo (16)
ocorreram manifestações no Ceará, Distrito Federal e em mais 24 estados
do Brasil; organizadores falam em 50 mil, mas SSPDS diz que foram 15 mil
pessoas nas ruas de Fortaleza.
Parecia clima de Copa do Mundo com carnaval fora de época. Uma multidão
de verde e amarelo nas ruas. Bandeiras, rostos pintados, cartazes em
mãos, fantasias, coreografias e gritos de guerra. Foi a terceira
manifestação contra o governo da presidente Dilma Rousseff e contra a corrupção no Brasil.
Após os protestos dos dias 15 de março e 12 de abril, a Praça Portugal
mais uma vez foi o ponto de encontro para a manifestação em Fortaleza
neste domingo (16). Além do Ceará e o Distrito Federal, outros 24
estados do Brasil também tiveram movimentos organizados nas ruas.
Ovacionado pelo público cearense desde o seu desembarque na cidade na última sexta-feira (14), o deputado federal Jair Bolsonaro
(PP-RJ) participou do protesto e se impressionou com a receptividade.
Na Praça Portugal, a disputa do público presente por selfies com o
carioca foi grande.
No meio do povo e aos gritos de “BolsoMito” e “Bolsonaro Presidente”,
o deputado federal declarou que “o coração do nordestino é o melhor
coração do Brasil, eu nunca havia sido tão bem recebido em um lugar
quanto fui em Fortaleza”. Ele ainda se dirigiu ao governo Dilma:
“democraticamente vou tirar essa quadrilha do poder”, prometeu.
Dois trios elétricos acompanham a manifestação na Capital cearense e
segundo organizadores, havia 50 mil pessoas. Para a Secretaria de
Segurança Pública do estado do Ceará, o número divulgado é o de 15 mil
participantes nas ruas de Fortaleza. O grupo Consciência Patriótica, que ganhou as redes sociais com sua música e coreografia, também esteve presente.
O público começou a chegar por volta as 13h30, e às 18 horas desceu
pela Avenida Desembargador Moreira com destino ao Aterro da Praia de
Iracema. Famílias inteiras participaram da manifestação que aconteceu
sem tumultos. Entre os manifestantes estava a dona de casa Ana Maria,
que mesmo em uma cadeira de rodas e com tubo de oxigênio
para auxiliar em sua respiração, exibia com orgulho o cartaz: “Desculpe
o transtorno, estamos mudando o país”. Entre outros cartazes, haviam
críticas à Lula, Renan Calheiros e Eduardo Cunha.
Com fogos de artifício no Aterro da Praia de Iracema,
Hino Nacional foi cantado e manifestação em Fortaleza chegou ao fim com
o pedido de impeachment da Presidente Dilma e com gritos de Bolsonaro
para Presidente. Como curiosidade, há exatos 23 anos, em 16 de agosto de
1992, manifestantes foram as ruas do Brasil para pedir o impeachment do
então Presidente Collor.
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