quinta-feira, 7 de setembro de 2017

48 toneladas de lixo foram coletadas na Av. Leste-Oeste

Resultado de projeto piloto foi apresentado, ontem, junto com cronograma dos novos Ecopolos da cidade.

 A iniciativa que acontece desde o dia 26 de agosto consiste na remuneração de carroceiros em troca de e-dinheiro, podendo ser convertido em reais ou utilizados em estabelecimentos cadastrados pelo Banco Palmas ( Foto: Reinaldo Jorge).

 Nos dez primeiros dias de atuação do projeto e-carroceiro, 48 toneladas de resíduos foram coletados, gerando uma renda de R$ 1 mil para os carroceiros. Os resultados preliminares foram apresentados pelo prefeito Roberto Claudio, na manhã de ontem, durante coletiva de lançamento dos projetos que integram o Plano de Ações de Resíduos Sólidos de Fortaleza.
A iniciativa, que consiste na remuneração de carroceiros em troca de e-dinheiro e podendo ser convertido em reais ou utilizados em estabelecimentos cadastrados pelo Banco Palmas, está sendo aplicada desde o dia 26 de agosto no eixo do primeiro Ecopolo de Fortaleza, localizado na Avenida Leste-Oeste. Neste período, 13 carroceiros operaram diariamente em parceria com o projeto.
Roberto Cláudio reforçou que a estratégia é um modo de colaborar tanto com a questão do descarte irregular quanto como uma política financeira. "Grande parte dos carroceiros ganha a vida hoje recolhendo entulhos de reformas de casa, de reformas comerciais ou lixo de grandes geradores. Mas o carroceiro para ter uma renda extra, coleta ali e muitas vezes joga no canteiro central, nas calçadas, provocando a proliferação de lixões. A nossa ideia é dar um incentivo monetário, vamos expandir nos ecopolos criados para que o carroceiro tenha uma renda e para levar esse lixo para dentro do ecoponto", afirmou.
A meta da Prefeitura é, até o final de 2017, chegar a 50 unidades de ecopontos, sendo três instaladas no mês de setembro - nos bairros Mondubim e Damas - e cinco no mês de outubro - Quintino Cunha, Parangaba, Guararapes, São João do Tauape e Parque Dois Irmãos. Até o fim da gestão, está previsto a instalação de 119 pontos, sendo um para cada bairro da Capital.

Cronograma

O próximo  ecopolo será lançado na segunda-feira (11), na Avenida Monsenhor Tabosa, segundo a Pasta. O planejamento também prevê a instalação de mais uma unidade no Dendê, em novembro, além da Varjota e nas proximidades do Rio Maranguapinho, no início do próximo ano.
Dentre as medidas adicionais, há a instalação de um aplicativo de fiscalização e monitoramento da coleta particular de resíduos. A ferramenta, disponibilizado em smartphones, permitirá que moradores agendem com coletores credenciados o horário adequado para que o lixo seja retirado das residências. A ferramenta estará disponível para funcionar em conjunto com o ecopolo da Monsenhor Tabosa.
Durante a divulgação dos projetos, Roberto Cláudio divulgou, ainda, ter mantido conversas preliminares com uma empresa chinesa no intuito de viabilizar a instalação de uma usina de médio porte para o tratamento de lixo até 2020. Durante a viagem, realizada no dia 1º de setembro, o chefe do executivo municipal participou de um fórum com representantes de empresas que estruturam Parcerias Público-Privada (PPP).
De acordo com o prefeito, atualmente existem 18 plantas do projeto instaladas ao redor do mundo, responsáveis por incinerar o lixo, evitar a emissão de poluentes e produzir energia e materiais de construção, que podem ser utilizados em obras públicas e privadas. A menor fábrica do gênero, conforme afirmou o prefeito, incinera diariamente mil toneladas de lixo por dia.
Apesar da fase inicial do diálogo, Roberto Cláudio garantiu que há indicativo positivo das duas partes para dar continuidade à negociação. Há o interesse da cidade e dos chineses, possivelmente se viabilize até mesmo um financiamento via banco do Brics, para poder fazer este arranjo da PPP. Se haverá necessidade ou não da lei ser alterada, vai depender do arranjo escolhido. Nós podemos muito bem utilizar o atual regime de concessão do município para não ter nenhuma mudança no marco regulatório, para poder viabilizar essa nova usina", pontua.
O prefeito classifica o modelo onde se prioriza o aumento da coleta sem a instauração de novas ações insustentável financeiramente e uma medida contra-pedagógica para a população. Eram dedicados, segundo detalha, cerca de R$ 220 milhões ao ano apenas para as coletas, sendo retidos, por mês, 50 mil toneladas de lixo. Apesar do crescimento anual de 2% da coleta domiciliar e de 17% da coleta complementar - este último realizadas em lixões, canteiros e outras localidades - o cenário na cidade não era revertido de modo substancial.

Fonte: Diário do Nordeste

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