Entre janeiro e junho, foram 597,1 mil autuações. Redução de 13,7% em relação a 2016 acontece mesmo com reforço da fiscalização.
Mesmo com o início da fiscalização
por videomonitoramento, o número de multas aplicadas na Capital teve queda de
13,74%, no primeiro semestre deste ano. Foram 597.107 notificações. No mesmo
período de 2016, foram 671.389. Os números reúnem as multas aplicadas por
agentes de trânsito ou equipamentos eletrônicos. Ainda assim, em 2017, são, em
média, 3,3 mil autuações por dia — ou 137,5 por hora e 2,3 por minuto.
Superintendente
da Autarquia Municipal do Trânsito e Cidadania (AMC), Arcelino Lima afirma que
as fiscalizações foram intensificadas, “principalmente nas faixas de ônibus,
para assegurar o direito do usuário de transporte público”. Mesmo com o
reforço, houve diminuição do número de notificações. “Há, claro, o medo pelo
fator pecuniário. Ninguém deseja pagar multas. Mas também tem transformação na
Cidade, no comportamento do motorista nas vias”, comemora.
Arcelino
relaciona o menor número de infrações registradas na Capital à redução de 4% no
número de vítimas fatais, na comparação dos primeiros seis meses de 2016 e
2017.
Segundo
a AMC, as quatro principais infrações do semestre (que somam 50,8%) são excesso
de velocidade nas vias, estacionamento em local e/ou horário proibidos, avanço
de sinal vermelho e trânsito nas faixas exclusivas de ônibus.
Arrecadação
e câmeras
De
acordo com o Portal da Transparência da Prefeitura de Fortaleza, a AMC
arrecadou quase R$ 51 milhões entre janeiro e junho. Para o vereador Célio
Studart (SD), a arrecadação altíssima só ocorre porque muitos radares móveis ou
fixos são colocados de forma dissimulada ou oculta, criando pegadinhas para o
condutor.
Ele é
autor do projeto 374/2017, que proíbe a instalação e a operação de
fotossensores em locais de difícil visualização. A proposta aguarda parecer da
Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa da Câmara
Municipal.
O
político diz esperar que, em caso de aprovação, as multas passem a ter caráter
mais educativo, não meramente punitivo. A medida reforçaria a resolução 396 do
Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que já prevê a visibilidade do
equipamento fiscalizador.
Arcelino
Lima rebate as críticas, ressaltando que o grande objetivo da fiscalização é o
respeito às regras de trânsito. E, conforme o superintendente, toda a verba
arrecadada é revertida para melhorias no tráfego de Fortaleza.
Ele
menciona como investimentos as faixas exclusivas para ônibus, as travessias
elevadas, ciclofaixas e ciclovias, além das novas tecnologias de fibra ótica e
iluminação por LED nos semáforos.
Saiba mais
Videomonitoramento
As câmeras de controle do tráfego
começaram a funcionar, na Capital, em março deste ano, e foram instaladas nos
trechos de maior volume de veículos e maior incidência de ocorrências.
Diferentemente
de fotossensores, radares e lombadas eletrônicas, no videomonitoramento o
registro da infração depende da vigilância do agente e deve acontecer ao vivo.
Fonte: O Povo
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