Segundo pesquisa, há usuários que têm apego por arquivos em seus celulares
Quem
nunca passou por problemas de memória em seu celular? Ao tirar uma foto, surge
uma mensagem de alerta sobre impossibilidade de armazenar o arquivo. Para
tentar resolver esse impasse, é comum apagarmos fotos, vídeos e até conversas
em aplicativos de conversas, como WhatsApp. Mas, durante a seleção, há vários
arquivos que têm uma importância afetiva e não pretende perdê-los.
De
acordo com a pesquisa desenvolvida por Western Digital, empresa especializada
em tratamento de informações, essas pessoas são definidas como “acumuladores
digitais” por armazenar arquivos sem discriminar a importância deles.
O
estudo aponta que duas a cada cinco pessoas entrevistadas apresentaram
problemas em administrar os documentos que guardam em seus celulares. Além
disso, apenas 27% das pessoas acreditam que 1/4 da capacidade do celular está
ocupada por coisas inúteis.
Esse
comportamento reflete ao apego e a dificuldade das pessoas em descartar
determinados arquivos. Segundo o consultor de marketing em mídias digitais, W.
Gabriel, o sentimento de perda é muito mais forte do que o de ganhar algo
para o ser humano. “Há pessoas que são apegadas a caixinhas de presentes,
algumas velharias entre outras coisas. Se eu ganhei uma coisa hoje, posso ganhar
mais no amanhã. Há uma sensação de escala de ganho ao contrário do sentimento
de perda”, frisa.
onforme
os resultados do estudo, um em cada quatro entrevistado mantêm fotos antigas e
aplicativos que não acessaram mais de uma vez nos últimos seis meses. Apesar da
baixa frequência de uso, estes usuários admitem ter um sentimento afetivo
desses arquivos. Além disso, um em cada sete pessoas guarda as mais fotos mais
importantes, de viagens ou de famílias, por exemplo, em plataformas online, sem
o suporte adequado.
Para
W. Gabriel, o hábito está relacionado a pessoas com baixa influência digital
que não têm a capacidade de distinguir o que é necessário e o que é supérfluo.
“Uma pessoa influente em tecnologias tem o conhecimento de que pode apagar o
aplicativo ou um arquivo e saber como recuperá-lo”, afirma.
Os
resultados desse comportamento podem gerar ainda mais ansiedade nos usuários.
Segundo a pesquisa, três em cada quatro pessoas ficam ansiosas ao verem a
memória de seus equipamentos cheia.
W.
Gabriel aponta que o problema de armazenamento não se dá apenas pelo o acúmulo
de aplicativos nos celulares, mas pelos documentos gerados em apps de uso
diário, como WhatsApp ou Spotify. “É mais pela exigência dos aplicativos do que
necessariamente pelo número”, frisa.
No
caso do WhatsApp, por exemplo, os grupos de mensagens geram inúmeros arquivos,
como fotos e vídeos, que são desconhecidos pelos proprietários dos
equipamentos. Aliado a isso, há também a sensação de medo de perder alguma
conversa ou momentos dentro da plataforma. “A gente guarda vídeos e imagens sem
saber. Há um sentimento de que vai perder e que não vai recuperar aquilo
novamente”, explica.
Fonte:
Tribuna do Ceará
Nenhum comentário:
Postar um comentário