segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Memória do celular cheia? Saiba que você pode ser um acumulador digital

Segundo pesquisa, há usuários que têm apego por arquivos em seus celulares

Quem nunca passou por problemas de memória em seu celular? Ao tirar uma foto, surge uma mensagem de alerta sobre impossibilidade de armazenar o arquivo. Para tentar resolver esse impasse, é comum apagarmos fotos, vídeos e até conversas em aplicativos de conversas, como WhatsApp. Mas, durante a seleção, há vários arquivos que têm uma importância afetiva e não pretende perdê-los.

De acordo com a pesquisa desenvolvida por Western Digital, empresa especializada em tratamento de informações, essas pessoas são definidas como “acumuladores digitais” por armazenar arquivos sem discriminar a importância deles.

O estudo aponta que duas a cada cinco pessoas entrevistadas apresentaram problemas em administrar os documentos que guardam em seus celulares. Além disso, apenas 27% das pessoas acreditam que 1/4 da capacidade do celular está ocupada por coisas inúteis.

Esse comportamento reflete ao apego e a dificuldade das pessoas em descartar determinados arquivos. Segundo o consultor de marketing em mídias digitais, W. Gabriel,  o sentimento de perda é muito mais forte do que o de ganhar algo para o ser humano. “Há pessoas que são apegadas a caixinhas de presentes, algumas velharias entre outras coisas. Se eu ganhei uma coisa hoje, posso ganhar mais no amanhã. Há uma sensação de escala de ganho ao contrário do sentimento de perda”, frisa.

onforme os resultados do estudo, um em cada quatro entrevistado mantêm fotos antigas e aplicativos que não acessaram mais de uma vez nos últimos seis meses. Apesar da baixa frequência de uso, estes usuários admitem ter um sentimento afetivo desses arquivos. Além disso, um em cada sete pessoas guarda as mais fotos mais importantes, de viagens ou de famílias, por exemplo, em plataformas online, sem o suporte adequado.
 
Para W. Gabriel, o hábito está relacionado a pessoas com baixa influência digital que não têm a capacidade de distinguir o que é necessário e o que é supérfluo. “Uma pessoa influente em tecnologias tem o conhecimento de que pode apagar o aplicativo ou um arquivo e saber como recuperá-lo”, afirma.

Os resultados desse comportamento podem gerar ainda mais ansiedade nos usuários. Segundo a pesquisa, três em cada quatro pessoas ficam ansiosas ao verem a memória de seus equipamentos cheia.

W. Gabriel aponta que o problema de armazenamento não se dá apenas pelo o acúmulo de aplicativos nos celulares, mas pelos documentos gerados em apps de uso diário, como WhatsApp ou Spotify. “É mais pela exigência dos aplicativos do que necessariamente pelo número”, frisa.

No caso do WhatsApp, por exemplo, os grupos de mensagens geram inúmeros arquivos, como fotos e vídeos, que são desconhecidos pelos proprietários dos equipamentos. Aliado a isso, há também a sensação de medo de perder alguma conversa ou momentos dentro da plataforma. “A gente guarda vídeos e imagens sem saber. Há um sentimento de que vai perder e que não vai recuperar aquilo novamente”, explica.


Fonte: Tribuna do Ceará
 

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