Ao todo, a agência de risco reduziu a nota de 31 empresas brasileiras; 24 delas perderam selo de bom pagador.
Um dia depois de retirar o selo de bom
pagador do Brasil, a agência de classificação de risco Standard
& Poor's rebaixou a nota de 31 empresas brasileiras. Dessas, 24
também perderam o grau de investimento - entre elas a Companhia
Energética do Ceará (Coelce).
Em nota, a Coelce afirmou “que a queda do rating
da companhia é consequência da queda do rating do País”.
Entre as empresas rebaixadas, também destacam-se
as estatais Petrobras e Eletrobras. A petroleira teve a sua nota reduzida de
"BBB-" para "BB" nesta quinta-feira (10), com perspectiva
negativa. A nota da Petrobras está um grau abaixo do rating do Brasil, que
nesta quarta foi cortado para "BB+". Já Eletrobras teve seu rating
rebaixado para "BB+", mesmo nível da nota soberana do Brasil. A
perspectiva também é negativa.
As alterações nos ratings das estatais estão
diretamente relacionadas ao rebaixamento do Brasil. No caso da Eletrobras, a
agência avalia que uma ajuda do governo à empresa "é quase certa".
Por essa razão, ela procurou equalizar o rating da companhia com o soberano. A
mesma explicação é válida para o rating dado à Itaipu Binacional, que também
recebeu nota BB+.
Empresas da área de infraestrutura e energia
também perderam o selo de bom pagador. São elas: Comgás, Elektro, Taesa,
Neoenergia, Atlantia Bertin, Arteris, CCR e Ecorodovias e subsidiárias dessas
companhias, totalizando as 24.
Para a S&P, as distribuidoras de
energia e as concessionárias de rodovias ficam mais vulneráveis se a qualidade
de crédito soberana se enfraquece de forme significativa. A agência
cita o risco de potencial controle de tarifas e uma deterioração na
disponibilidade de crédito.
A S&P também reduziu os ratings de outras
seis empresas, com perspectiva negativa: Ambev, Globo Comunicação e
Participações, Multiplan, Ultrapar, Votorantim Participações, Votorantim
Industrial e Votorantim Cimentos.
Confira as empresas brasileiras que perderam o
selo de bom pagador da S&P:
- Companhia de Gás de São Paulo - Comgás;
- Companhia Energética do Ceará - Coelce;
- Elektro Eletricidade e Serviços S.A. (Elektro);
- Eletrobras-Centrais Elétricas Brasileiras S.A.;
- Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A.
(TAESA);
- Neoenergia S.A.;
- Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia -
COELBA;
- Companhia Energética do Rio Grande do Norte -
COSERN;
- Companhia Energética de Pernambuco - CELPE;
- Itaipu Binacional;
- Atlantia Bertin Concessões S.A. (AB
Concessões);
- Rodovia das Colinas S.A.;
- Triângulo do Sol Auto-Estradas S.A.;
- Arteris S.A.;
- Autopista Planalto Sul S/A.;
- CCR S.A.;
- Autoban - Concessionária do Sistema Anhanguera
Bandeirantes S.A.;
- Concessionária da Rodovia Presidente Dutra
S.A.;
- Rodonorte Concessionária de Rodovias Integradas
S.A.;
- Ecorodovias Concessões e Servicos S.A.;
- Concessionária Ecovias dos Imigrantes S.A.;
- Santos Brasil Participações S.A.;
- Petroleo Brasileiro S.A. (Petrobras); e
- Samarco Mineração S.A.
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