O plenário da Casa deve aprovar um requerimento para que o tema tramite em regime de urgência.
Relator do projeto de regulamentação e mais alinhado às teses dos
taxistas, Carlos
Zarattini (SP), que é líder da bancada do PT
na Câmara, afirma que Rodrigo Maia está procurando um texto de consenso.
"Ele busca uma média entre o que a gente quer e o que a Uber quer. A Uber
não quer que regulamente nada, a gente quer, disse.
O presidente da Câmara, porém, deve indicar outro deputado para
relatar o projeto em plenário.
O plenário da Câmara dos Deputados pode votar nesta terça-feira
(4) projeto de lei federal que regulamenta o funcionamento de aplicativos de
transporte por carros particulares, como Uber, 99, Easy e Cabify.
Parlamentares alinhados às teses defendidas pelos taxistas -
categoria diretamente afetada pelo surgimento desses aplicativos - defendem um
texto que autorize as prefeituras a regulamentar esse serviço, observadas
várias restrições. Entre elas, identificação e limite do número de carros por
cidade, tabela de preço mínimo e máximo a ser cobrado do usuário e necessidade
de autorização das prefeituras para o funcionamento do serviço.
Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), inclina-se por um texto mais
alinhado à posição das empresas donas dos aplicativos, o de que o projeto
federal deve apenas autorizar as prefeituras a regulamentar o serviço. Embora
algumas cidades, como São Paulo, já tenham regras de funcionamento, há o
argumento de que é necessária uma legislação federal que autorize os municípios
a legislar sobre o tema. A Câmara deixará claro que a responsabilidade pela
concessão de táxis e de qualquer aplicativo relacionado a transporte privado é
exclusiva dos municípios, disse Maia.
As empresas donas dos aplicativos defendem que o projeto federal
apenas autorize as prefeituras a regulamentar o serviço, sem nenhuma
indicação restritiva. Em linhas gerais, dizem que cada cidade
tem suas próprias características e que as limitações estudadas inviabilizariam
o serviço, transformando-o em uma modalidade similar à dos táxis. A gente vê o
texto novo posição de Maia, sem indicação de restrições é melhor do que o
antigo com as restrições, que era uma proibição velada. Mas emendas durante a
votação podem incluir proibições que podem fazer com que o serviço não funcione
adequadamente, disse o diretor de Comunicação da Uber no Brasil, Fábio Sabba.
A empresa enviou nesta segunda-feira (3) convite aos deputados
federais para que eles acompanhem um usuário e um motorista em uma viagem antes
de votarem o projeto. E, aliada a outras empresas, fez mobilização nas redes
sociais contra a tentativa de restringir a ação dos aplicativos.
Matheus Moraes, diretor de política e comunicação da 99, disse que
a empresa é a favor da regulamentação, mas que a versão com restrições acaba
com a categoria de transporte por carro particular, transformando todos os
carros particulares em táxis.
Já as categorias que representam os taxistas defendem a versão
mais restritiva do projeto sob o argumento de que a Uber e similares praticam
uma concorrência desleal. "São milhares de taxistas prejudicados por uma
concorrência desleal que essas empresas oferecem, prestando um serviço sem
qualquer fiscalização, sem qualquer regra a ser cumprida, sem garantias de
segurança aos passageiros. Essa situação precisa acabar", disse em nota o
presidente da Abracomtaxi (Associação Brasileira de Associações
e Cooperativas de Motoristas de Táxis), Edmilson Americano.
Tramitação
O plenário da Câmara deve aprovar nesta terça um requerimento para
que o tema tramite em regime de urgência. Se aprovado, o projeto pode
ser votado ainda nesta terça. Ele tem que passar ainda pelo Senado e ser
sancionado pelo presidente Michel Temer para virar lei.
Fonte: Diário do Nordeste
Relator do projeto de regulamentação e mais alinhado às teses dos
taxistas, Carlos
Zarattini (SP), que é líder da bancada do PT
na Câmara, afirma que Rodrigo Maia está procurando um texto de consenso.
"Ele busca uma média entre o que a gente quer e o que a Uber quer. A Uber
não quer que regulamente nada, a gente quer, disse.
O presidente da Câmara, porém, deve indicar outro deputado para
relatar o projeto em plenário.
O plenário da Câmara dos Deputados pode votar nesta terça-feira (4) projeto de lei federal que regulamenta o funcionamento de aplicativos de transporte por carros particulares, como Uber, 99, Easy e Cabify.
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